sexta-feira, 25 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas


Batman Begins, o longa que deu início a essa reimaginação do herói segundo o diretor Chris Nolan e o roteirista David Goyer, é bom, mas tem seus problemas. O personagem James Gordon fazendo as vezes de alívio cômico. Uma certa incapacidade do filme em criar tensão para o final da trama. E o próprio final ser, digamos assim, excessivamente apoteótico. Pois Batman - O Cavaleiro das Trevas resolve todos estes problemas com louvor.

Algumas pessoas acusam o filme de ser muito longo. Mas a sensação que tive é do contrário. Parece haver muito pouco tempo para explorar tudo o que a trama costura. Repare, muitas cenas não levam mais de quinze segundos. Nada é gratuito nesta sequência, Nolan não tinha tempo a perder, mesmo contando com mais de duas horas e meia de projeção. É bem verdade que o espectador se sente meio enpanturrado de informações. Mas a digestão é favorecida por um roteiro que, a exemplo de Begins, é muito bem-amarrado, e de brinde,
traz a atuação demolidora de Heath Ledger como o Coringa mais assustador e fascinante jamais visto no cinema.

O clímax dramático e minimalista é outra grande virtude. Difere de tudo o que você já viu em um filme de super-heróis. E não é pra menos. A trama demonstra um esforço dos realizadores por tornar tudo o que aparece na tela algo real, algo crível. Quando vemos um vilão apontar uma arma pra alguém, nós realmente tememos pelo personagem ameaçado, por que vimos várias tragédias ao longo da narrativa e nada garante que o Homem-Morcego pode mesmo salvar a pátria. Pena que este realismo é ignorado em um dado momento (Passe o cursor no resto deste parágrafo caso queira mesmo saber do que estou falando). Quando o genial plano do Coringa falha, ao final do filme, a sensação que fica é a de que os civis e criminosos ameaçados nos barcos são ainda mais inacreditáveis do que todo o aparato tecnológico do Batman. O roteiro simplesmente sabotou o Coringa de uma forma piegas, o que é imperdoável.

Mesmo com um ou outro tropeço, este é um longa-metragem que vai conquistar até mesmo os que não curtem histórias em quadrinhos. Batman - O Cavaleiro das Trevas bate no peito e grita alto: "eu sou um FILME! ME RESPEITE!" Há história, há personagens, há direção. Não é um projetinho caça-níqueis como Homem-Aranha 3.

Nota: 09 (de dez)

2 Comentários:

Blogger Galdir Reges disse...

falou e disse... o plano do coringa realmente é genial... o desfecho deveria respeitar isso.
Mesmo assim, penso que o desfecho foi um jeito de falar de um outro personagem de batman, que é igualmente poderoso, gotham city.

26 de julho de 2008 às 17:08  
Anonymous Anônimo disse...

se este filme não for o melhor do ano eu não percebo nada de cinema. Sei que ainda vão sair outros, mas quem sabe, percebe o que eu digo.
Fantastico agradeço a deus por ter tido a opurtunidade de ver o filme.... lool

3 de agosto de 2008 às 15:13  

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