terça-feira, 7 de agosto de 2007

TRANSFORMERS


SE TIVESSE O FUSCA, SERIA MELHOR


Não tenho preconceitos quanto a blockbusters, até gosto desses filmes do tipo "desligue o cérebro e seja feliz". Mas depois que vi uma boa quantidade de longas-metragens desse tipo, as exigências foram aumentando. Já não dava pra ser tão complacente com furos de roteiro e atuações inexpressivas. Como os lançamentos são muitos e o dinheiro é pouco, fui me acostumando a limitar meu comparecimento às salas de cinema àquelas situações em que podia apostar na qualidade da estréia da semana. No caso de Transformers, de Michael Bay, o apelo oitentista acabou falando mais alto, e lá fomos eu, que nem gostava tanto do desenho animado que deu origem ao filme. Mesmo com o dedo de Spielberg na produção-executiva, eu esperava apenas um entretenimento meia-boca, com uma ou outra sequência relevante. E foi isso o que eu tive. Mas se minhas expectativas iniciais se concretizaram, então por que fiquei tão chateado na saída do cinema? Resposta: porque Transformers começa bem e poderia ter sido um bom filme.
A primeira metade do longa é dedicada aos personagens humanos, decisão acertada quando levamos em conta o talento de seu jovem ator principal, Shia LeBouf. Com excelente timing cômico, ele interpreta Sam Witwicky, um estudante que ignora ter, entre as relíquias de um antepassado, a pista para a localização de um poderoso artefato. É a busca por este objeto que motiva a chegada de dois grupos de seres robóticos à Terra: os Autobots (os bonzinhos) e os Decepticons (os não tão bonzinhos), ambos com a curiosa capacidade de se transformarem em algum tipo de veículo.
Humor e ação se desenvolvem na medida certa até que, ao fim da primeira metade da projeção, começam a aparecer os problemas. Fica claro que, a partir de certa cena, a participação do personagem de LeBouf torna-se totalmente incoerente, permanecendo na narrativa puramente por que os roteiristas estão forçando a barra. Gasta-se tempo com uma série de personagens secundários que pouco acrescentam à trama, e os combates, que deveriam funcionar como uma redenção a este fraco longa-metragem, acabam por piorar o conjunto: são longos, intensos e confusos demais. Quando dois robôs se engalfinham, torna-se difícil para o espectador saber quem é quem. Não que tenha sido um grande problema pra mim. Com a dor-de-cabeça que eu sentia, já nem me importava mais.

Nota: 4 (de dez)

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1 Comentários:

Blogger Galdir Reges disse...

sacanamge com os trans... para mim é nota 7 de 10... continua fraco mas vale com uma pipoca

9 de agosto de 2007 às 08:12  

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